Resenha: A Menina Que Roubava Livros




Um livro que todo mundo falava e eu nunca tinha lido, ou mesmo tinha interesse em ler, era A Menina Que Roubava Livros. Não conhecia a sua sinopse, então o interesse era quase zero. Só sabia que todo mundo tinha lido menos eu. Pois bem, com a estréia do filme, meu interesse aumentou um pouquinho, mas fois só quando minha amiga praticamente me obrigou a lê-lo que o fiz. Quer saber o que eu achei do livro?


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A Menina Que Roubava Livros 
Markus Zusak - 478 páginas - Intrínseca
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Liesel é uma pequena alemã que passa a morar na rua Himmel, desde que sua mãe a abandonou e seu irmão menor morreu. Com um novo pai afetuoso e uma nova mãe durona, a menina tenta se acostumar à nova vida, e até faz amizade com Rudy, o ilustre garoto da casa ao lado.
Quando pesadelos tiram o sono de Liesel, ela e seu pai começam à praticar a leitura no meio da madrugada, e fascinada por esse novo hábito, ela começa a praticar pequenos roubos.
Enquanto cresce Liesel Meminger toma consciência do porque seu hábito de leitura ser tão difícil de sustentar; que sua mãe não a abandonou por querer; que ser judeu, em seus dias, não é algo muito e feliz e que a rua Himmel (Céu, se traduzido) não é tão segura quanto seu nome deduz.

O quase clássico narrado com muito afeto por ninguém menos que a Senhora Morte, traz o lado de lá do Nazismo: como os moradores da Alemanha Nazista realmente se comportavam diante do começo da Segunda Guerra Mundial? Ser alemão e não aceitar o Führer como seu líder era tão ruim quanto ser judeu. E ser a ceifadora de todas aquelas almas era pior ainda.

A narrativa do livro é extremamente envolvente. Com pequenos vislumbres do passado e futuro - sendo que estes não circulam só em torno da personagem principal - enquanto o presente se desenrola, os personagens criam vida em meio à um cenário de tensão tão real, que nos faz sorrir, chorar e ouvir acordeão.
E por falar em personagens, quão adoráveis são! Envoltos por uma característica que os fazem singulares, plantam-se em nossas mentes, fixando nelas raízes de afeto interminável.

Uma coisa bem legal do livro é o alemão mesmo. Além de nos entreter com as façanhas de Liesel, a toda cheia de vida Liesel, alguns - e julgo ser os mais importantes - termos na língua nos são apresentados, despertando o interesse principalmente por exercerem uma certa importância na história.

Não precisa ser um pensador ou intelectual, nem aspirante, para querer ler o livro. E não o leia apenas por curiosidade. Basta querer dar uma paradinha nos livros de ficção (só por essa vez!) para enxergar um pouquinho da realidade, e sobretudo, da realidade do poder das palavras e de seus efeitos nos nossos dias.

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Essa foi uma leitura que com certeza vai ficar marcada em 2014! Quantas de vocês já leram? Comentem!
Super beijo!

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