Resenha: Liberta-me

A resenha de hoje é de um livro que faz um tempão que eu queria ler. Fico feliz em dizer que as minhas expectativas não foram decepcionadas e que agora aguardo ansiosamente o fim da saga para finalmente conhecer o final feliz das personagens. Vamos à resenha?

Liberta-me
Livro #2 - Trilogia Estilhaça-me
Tahereh Mafi - 444 páginas - Novo Conceito
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Na continuação da saga, Juliette libertou-se de Warner, e foi levada para o Ponto Ômega, um lugar onde os civis que possuem “dons” se refugiam sob os cuidados de Castle, preparando-se para confrontar o Restabelecimento. Mas o que parecia refúgio torna-se confinamento, pois os refugiados não parecem estar confortáveis com a presença de Juliette, sabendo que ela matou uma criança – mesmo que por acidente.
Através de treinamentos, ela tenta exercer domínio sob seu dom, capaz de fazê-la matar qualquer ser humano que lhe toque a pele. Apenas Adam, seu amor, pode tocá-la sem ser afetado. E Warner - o que ela esconde de todos os outros. Juliette vive, então, conflitos sobre sua identidade, e se vê obrigada a escolher confiar em Castle ou se isolar em seus próprios problemas. Mas decidida a usufruir da possibilidade de ser normal, entre tantas pessoais especiais, nossa heroína vive inúmeras aventuras, enquanto se prepara para a verdadeira guerra.
Tahereh Mafi volta com sua narrativa contagiante, pra nos prender em mais um capítulo da batalha de Juliette. Vou confessar que os primeiros capítulos me cansaram um pouco, por causa da necessidade que a autora tinha de demostrar o quanto Juliette era dependente de Adam. Tiveram algumas vezes que eu me agoniei, e dava vontade de gritar pra ela parar de ser tão grudenta, teimosa, egoísta e imatura. Mas se é esse o objetivo que os livros procuram – provocar sentimentos diversos nos leitores – Mafi deveria ganhar um troféu de ouro.
Em contra ponto, todos os capítulos vieram com tanta emoção e aventura contidas, que eu fui capaz de devorar o livro em apenas três dias. Descritiva como é, a autora nos deixa a par de cada expressão facial dos personagens e nos faz sofrer junto com eles ao longo da história, chorar e até sorrir. Eu recomendo altamente o livro (mas antes leiam Estilhaça-me!), porque a narrativa de Tahereh chega a ser poética, com análise - filosófica até - de cada situação, oportunidade, pensamento... Acho que daqui já podemos parar de enxergar a saga como apenas mais uma young-adult e analisar o potencial que a mulher tem de nos fazer pensar.
Pra finalizar o post, que tal provar, pela leitura de um trechinho de um capítulo, o que eu estou falando?

“Não precisamos fazer nada, nada pra morrer. Podemos nos esconder em um armário debaixo da escada pela vida toda e ela ainda assim vai nos encontrar. A morte aparecerá usando uma capa invisível e sacudirá uma varinha mágica e nos varrerá para longe quando menos esperarmos. Apagará todos os traços da nossa existência nesta terra e fará todo o trabalho de graça. Não pedirá nada em troca. Fará uma reverência em nosso funeral e aceitará os louvores por um trabalho bem feito e, depois, desaparecerá. Viver é mais complexo. Tem uma coisa que sempre precisamos fazer. Respirar. Inspirar e expirar, todo santo dia, a toda hora, minuto e momento devemos respirar. Mesmo quando planejamos asfixiar nossas esperanças e nossos sonhos, ainda assim respiramos. Mesmo enquanto murchamos e vendemos nossa dignidade para o homem da esquina, nós respiramos. Respiramos quando estamos errados, respiramos quando estamos certos, respiramos mesmo quando escorregamos, cedo demais, para o túmulo. Não podemos não fazer. 
Então, respiro.”

Algumas imagens do livro:


E aí, gostaram? Não esqueçam de me adicionar no skoob, ok?
Beijinhos,
              Flávia C.

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